As tendências e desafios para as estratégias de Sourcing em 2022

Já se passaram dois anos desde que a pandemia do Coronavírus foi declarada e, desde então, são inúmeros os problemas enfrentados na cadeia global de suprimentos: interrupção ou diminuição da produção, fechamentos de negócios e empresas, desequilíbrio entre a oferta e a demanda, problemas na logística, inflação, alta de preços.

O ano de 2020 marcou o início da crise e, ao mesmo tempo em que começaram as interrupções nas cadeias de abastecimento, houve um aumento no consumo. Aumento caracterizado, principalmente, por um boom no e-commerce. No ano de 2021, com a vacinação, veio a possibilidade de uma retomada. Mas, com o surgimento de novas ondas e variantes e as oscilações nos mercados diante de aberturas e fechamentos, o que vimos foi uma maior escassez de produtos, a continuidade dos problemas com transporte e um aumento da inflação.

E quais são as perspectivas para este ano?

Tudo indica que o cenário permanecerá o mesmo, com o agravante de que sofreremos um impacto maior do aumento das tarifas de transporte e da inflação crescente, somados a uma nova onda de Covid19, agora mais contagiosa. Diante desse cenário, segue o que consideramos serem os principais desafios a serem enfrentados no mercado global de abastecimento e como eles afetarão as estratégias de Sourcing durante o ano de 2022:

1. Ainda não sabemos quando a pandemia vai acabar

Embora alguns especialistas digam que essa possibilidade existe, ainda não há certeza sobre a variante Ômicron representar o fim da pandemia. Alguns países, como o Reino Unido, demonstram uma queda significativa do número de infecções, o que, diante da sua alta taxa de vacinação e imunidade natural adquirida, pode sugerir o avanço para uma fase endêmica. Mas não podemos esquecer a desigualdade entre países e continentes no que se refere à vacinação e às políticas de enfrentamento à Covid. Em alguns países asiáticos, por exemplo, a “Política de Covid zero” ainda pode provocar muitas oscilações e interrupções na cadeia de fornecimento. E o surgimento de novas variantes também não pode ser descartado.

2. Ainda podemos sofrer interrupções nas cadeias de abastecimento

Países como o Reino Unido, por exemplo, já estão anunciando o fim das restrições relacionadas à Covid 19. Mas, conforme já mencionamos acima, outros países ainda mantém restrições mais duras, o que pode perdurar por um bom período durante esse ano. A acessibilidade a esses países, portanto, é um fator incerto. E buscar novas alternativas e recursos para gerenciar fornecedores continua sendo necessário.

3. As cadeias de abastecimento estão passando por uma transformação

Que a pandemia provocou mudanças drásticas na forma como vivemos nós já sabemos. Isso inclui a forma de fazer negócios e, mais especificamente, a reestruturação das cadeias de abastecimento. A pandemia não provocou, mas veio acelerar o que já era uma tendência: as empresas estão reavaliando suas cadeias de suprimentos, que estão sofrendo uma regionalização, com a busca por fornecedores mais próximos de seus locais de operação. É claro que essa não é uma tarefa simples e que pode ser feita rapidamente ou de forma radical, mas dificilmente as coisas voltarão a ser como antes da pandemia.

4. Os preços continuarão altos

Com tantas interrupções e consequentes problemas de logística que enfrentamos desde o início da pandemia, a alta das tarifas de transporte foi inevitável. Congestionamentos nos portos, falta de contêineres, além do aumento do preço dos combustíveis e a própria inflação contribuíram para o aumento dos fretes marítimos e rodoviários. Nesse cenário, a reavaliação das estruturas de logística pelas empresas é essencial e urgente.

5. As cadeias de suprimentos deverão ser mais sustentáveis

Entrando nas pautas ambientais, a regulamentação das emissões de carbono foi o ponto central da COP 26, a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, realizada em novembro de 2021. Nesse contexto, as empresas precisam montar estratégias de transição em toda a sua cadeia de valor, incluindo a cadeia de suprimentos. Buscar fornecedores que estejam engajados com a mudança e cooperem para que as metas estabelecidas sejam atingidas é de suma importância. Esse é um fator que influenciará, inclusive, na sua competitividade, considerando que os consumidores estão cada vez mais conscientes e exigentes em relação às questões ambientais.

Nesse panorama em que as questões sanitárias e ambientais parecem prevalecer, concluímos que as empresas necessitam buscar cada vez mais desenvolver a resiliência em sua cadeia de suprimentos. Resiliência esta que, segundo a definição de Ponomarov e Holcomb (2009), é “a capacidade adaptativa de uma cadeia em se preparar para eventos inesperados, responder a rupturas no fluxo de bens e se recuperar delas, mantendo continuidade das operações a um nível desejado de conectividade e controle de estruturas e funções organizacionais”.

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